Desabafo de um (a) lince
Algumas pessoas ao lerem as notícias aqui postadas dizem ficar deprimidas e com a sensação de que todos nós cidadãos somos joguetes na mão daqueles que detém o poder. Sentem uma terrível sensação de impotência e tem vontade de não mais saber como o dinheiro de nossos impostos é usado.
Todas essas sensações muitas vezes eu também sinto e já senti muito mais de perto vendo que o discurso daqueles que almejam o´poder é muito diferente da prática. Mas, abandonar a luta é decisão dos fracos e sem fé e eu acredito na força do Homem, por isso sigo em frente, buscando novas práticas, novos caminhos, novas parcerias.
O Brasil ainda é uma criança em termos de nação, nosso conceito de cidadania ainda precisa ser aprimorado. É certo que passos importantes tem sido dados no caminho do amadurecimento- a Lei de Responsabilidade Fiscal, a Lei dos “Fichas Limpas”, são bons exemplos. Hoje já temos acesso a informações que nos permitem saber mais sobre a gestão daqueles que escolhemos para gerir a coisa pública.
Por isso precisamos ser mais seletivos e rigorosos- não podemos continuar a votar em Governantes que tratam a as leis com descaso, achando que estão acima do bem e do mal; em Governantes que no afã de permanecer eternamente no poder fazem todo o tipo de aliança; em Governantes que uma vez eleitos esquecem toda as promessas de campanha e passam a beneficiar determinados setores da sociedade; em dirigentes que não priorizam a eficiência administrativa, afinal, os direitos sociais- saúde, educação, segurança,..dependem de um Executivo ético e eficiente!
Vamos cobrar dos novos deputados eleitos um mandato mais transparente, mais voltado para questões que interessem a Sociedade como um todo e não para um grupo de pessoas. Que eles cumpram uma das suas principais missões: fiscalizar o Poder Executivo. Para isso existe o Tribunal de Contas do Estado: para auxiliar o Legislativo nessa tarefa.
Vamos começar exigindo que a Assembléia Legislativa do Estado pressione o TCE para que faça concurso público para auditor, nos moldes do Tribunal de Contas da União.
Precisamos de órgãos de controle eficientes e autônomos, que trabalhem em rede otimizando os recursos à sua disposição.
Precisamos, enfim, de respeito!
Finalizo, relembrando João Cabral de Melo Neto:
Tecendo a manhã Um galo sozinho não tece uma manhã:
ele precisará sempre de outros galos.
De um que apanhe esse grito que ele
e o lance a outro; de um outro galo
que apanhe o grito que um galo antes
e o lance a outro; e de outros galos
que com muitos outros galos se cruzem
os fios de sol de seus gritos de galo,
para que a manhã, desde uma teia tênue,
se vá tecendo, entre todos os galos.
Comentários
Jatene, se ( ou quando) vc vencer me aguarde!
Repito o seu bordão: Viva a blogosfera!