Banco do cidadão/CREDPARÁ: Nome novo, práticas velhas

O Banco do Cidadão é o braço privado do Fundo de Desenvolvimento do Estado- FDE. Foi criado no Governo Jatene, em 2004, com o objetivo de incentivar o micro-crédito no Estado. Opera emprestando ao pequeno empresário, com taxas baixas, valores de 2 a 10 mil reais.
     Segundo o Balanço Geral do Estado em 2006(ano de eleição para Governador) o Banco do Cidadão gastou aproximadamente R$ 14 milhões de reais emprestando a micro e pequenos empresários.
     Deu para fazer uma boa política com esse recurso!
     No Governo Ana Júlia, a operacionalização do Banco ficou a cargo da Vice-Governadoria (que coisa mais estranha e sem lógica. Só no mundo político, isso é possível!). Em 2007, o orçamento, herdado do Governo Jatene, previa o aporte de recursos de 4.615.646,00. Que diferença para o valor executado em ano de eleição!
     Depois de denúncias de desvios, ainda em 2007,o Governo transferiu o Banco do Cidadão para debaixo das asas protetoras do BANPARÁ, adotando o novo nome de CREDPARÁ. Entretanto, a administração do Banco do Cidadão teria permanecido com o Vice-Governador (pelos menos toda a estrutura física: prédio, servidores, carros, etc.)
     Assim, apesar da propaganda do candidato Jatene falar em reativação do Banco do Cidadão, na verdade ele nunca morreu, conforme comprovado pelo orçamento para 2010: R$ 8.250.000,00, sendo 6 milhões para financiamento de micro e pequenos empresários e 2 milhões e 250 mil para financiamento a jovens bolsistas( ligados ao Bolsa Trabalho).
     O problema é que o CREDPARÁ termina sendo um mero balcão de empréstimo a fundo perdido sem mecanismos que permitam acompanhar e supervisionar o impacto das suas ações no desenvolvimento regional. Isso sem falar em seu uso eleitoreiro.
Tanto no Governo Jatene, quanto no Governo Ana Júlia.

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