Mulheres no Poder
Apesar de as mulheres representarem, aproximadamente, 44% dos filiados a partidos políticos e mais da metade do eleitorado, esses números não se refletem na representação no Legislativo. A campanha Mais Mulheres na Política, apoiada pela Secretaria de Políticas para as Mulheres do Ministério da Justiça, defende a criação de cotas para mulheres em todas as casas legislativas, visando aumentar a representatividade feminina na política, efetivando o princípio constitucional da igualdade de gênero. Em nosso Estado elas ocupam apenas 10% dos cargos, apesar de serem 51% da população. O Pará segue as estatísticas negativas de participação feminina no parlamento: no Senado, o estado não conta com nenhuma mulher; na Câmara dos Deputados, a bancada paraense, tem apenas 3 representantes femininas e 14 deputados federais; e na Assembleia Legislativa do Estado, dos 41 deputados estaduais, apenas 3 são mulheres.
( Ver mais em: http://www.spm.gov.br/noticias/mais-mulheres-na-politica-chega-ao-para).
As mulheres na política são discriminadas e muitas vezes vítimas de assédio moral. Na única vez em que o Pará foi governado por uma mulher, a mídia e os opositores utilizaram o sexismo para denegrir a imagem da governadora. De início, condenaram os gastos com cabeleireira, embora nunca tivessem falado sobre os gastos de seu antecessor com barbeiros e paletós ( despesa que sempre foi debitada à conta da Casa Militar). Durante todo o mandato foram publicadas notícias sobre os possíveis namorados da Governadora, nunca perdoando o fato dela ser mulher e divorciada. Essas notícias foram como carvão em churrasqueira para minar a imagem da Governadora, reforçando estereótipos do tipo mulher assanhada e sem competência. E o pior é que as próprias mulheres criticavam e reproduziam esses estereótipo.
É isso que tem que mudar. Mais sororidade, por favor!
Nós, mulheres, temos que nos unir para mudar o modo de fazer política neste Estado. Precisamos ter mulheres em lideranças estratégicas, como existem em tantas empresas. Só que lideranças políticas. Afinal, nosso capitalismo não é completo, não seguimos a lógica do liberalismo econômico.Aqui, embaixo da linha do Equador, dependemos e muito das ações governamentais. Ações voltadas para o desenvolvimento das camadas mais carentes da população; ações voltadas para a família; para apoiar as mulheres que sozinhas cuidam de famílias inteiras; ações que gerem emprego e renda; ações sociais capazes de diminuir a violência que nos assola. Ações de fraternidade, que as mulheres, historicamente excluídas da sociedade e confinadas no lar dedicadas a criar os filhos e edificar a base da sociedade- a família, são capazes de realizar.
Avante, mulheres do Pará!
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