Transparência num lago profundo e escuro. É possível?
Muito se fala em controle social e
em transparência, mas creio que isso de pouco adianta no atual estágio do Brasil
onde muitos políticos, capitaneados pelo presidente, pilham os cofres públicos descaradamente
pois sabem que a estrutura jurídica do Brasil não os penalizará. De que
adiantam os portais de transparência dos órgãos públicos se não existe em nosso
ordenamento jurídico meios de estancar a sangria? O máximo que se consegue é um processo
judicial que dura anos e que só serve para enriquecer os grandes escritórios de
advocacia.
Os tais Tribunais de Contas, que
deveriam atuar para coibir as práticas lesivas ao erário, de modo geral, só
servem para pendurar os filhos dos conselheiros, dos políticos e da elite nos
muitos cargos de comissão ali criados para esse fim. Os filhos dessa elite
fazem curso de direito já de olho nesses cargos pois sabem que não vão precisar
suar a camisa estudando pois já têm um futuro garantido. Sempre em pergunto
para que servem esses tribunais além de acomodar um monte de gente em cargos de comissão de livre preenchimento.
Para tornar inelegíveis os políticos? Não esqueçamos
que os conselheiros são, em sua maioria, ex políticos ou indicados por algum
big boss da política. E os políticos protegem uns aos outros, são uma classe
muito unida em torno de um ideal: manter o poder a qualquer custo!
Em tese, a Comissão de
fiscalização das Câmaras deveria atuar para fiscalizar os gastos públicos, mas
todos sabemos que isso não ocorre, afinal a maioria sempre vence e basta ver o
que está acontecendo na Câmara Federal- Todos unidos para livrar a turma!
Apesar de saber que não adianta
muito acompanhar os gastos públicos pelos portais, este blog retorna com essa
finalidade. Afinal, não custa nada tocar uma música diferente nessa festa.