A farra dos cachês continua
A Fundação Cultural do Pará continua a derramar rios ( mares) de dinheiro nos bolsos de alguns empresários ditos da área cultural. Em 2023, a chamada "Farra dos cachês " continua.
A temporada começou devagar, a partir de abril. Mas já foi suficiente para sair mais de R$ 13 milhões de reais dos cofres públicos ( de recursos provenientes dos impostos pagos a duras penas pelo povo de nossa terra).
Vejas os favorecidos das notas de empenho emitidas:
E S DE A
PINTO E SERVIÇO EPP |
1.650.000,00 |
RB
PRODUCOES E EVENTOS EIRELI - ME |
1.732.460,00 |
AUTHENTICA
CONSULTORIA E ASSESSORIA LTDA |
170.000,00 |
FELIPE
SAMPAIO RIBEIRO |
225.000,00 |
CLEBER
HENRIQUE ALMEIDA FIGUEIREDO |
388.000,00 |
MVC MAGNO PRODUCOES E EVENTOS LTDA | 450.000,00 |
F5
PRODUCOES E EVENTOS EIRELI |
2.070.000,00 |
EMANUELLE
MEDEIROS AIRES |
57.000,00 |
AT ENTRETENIMENTO
E PRODUCAO LTDA - EPP |
687.000,00 |
P F DE S
GONCALVES LTDA. |
2.875.000,00 |
MT
PRODUCOES E EVENTOS LTDA. |
897.000,00 |
(AGORA PRODUCOES E EVENTOS-REGINA HARTMANN ) |
2.564.000,00 |
TOTAL |
13.765.460,00 |
O interessante é que cada vez mais surgem novos empresários que, embora tenham pouco tempo de mercado, são um case de sucesso- É o caso das empresas AGORA PRODUÇÕES E EVENTOS. e PF DE S GONCALVES LTDA.
A empresa P F DE S GONÇALVES, empresa de Capitão Poço, recebeu da FCP em 2022 o montante de R$ 12.614.000,00.
A Agora Produções recebeu em 2022 o valor de R$ 100.000,00. Em 2023, pelo jeito, achou o caminho do sucesso.
Como sabemos, muito dos recursos da Fundação Cultural vêm das emendas parlamentares. O ano está apenas começando. No segundo semestre muito grana ainda vai rolar para os felizes empresários que são escolhidos para assinar contratos com a Fundação Cultural do Pará.
O que chama a atenção é a diferença dos valores pagos a artistas de outras áreas da cultura, que são pagos diretamente, sem o agenciamento de empresas: Os serviços de treinamento ministrados pela Fundação, pagos diretamente aos instrutores, variam de R$ 1.000,00 a 4.000,00. Um artista, cineasta e pesquisador com mestrado em audio visual, que trabalhou como Parecerista numa seleção da Lei SEMEAR realizado pela FCP recebeu R 4.000,00 pelo Parecer.
Fica o questionamento: Até quando a "farra dos cachês" seguirá impune?
Até quando as emendas parlamentares ( fonte dos recursos da farra dos cachês) seguirão secretas sem nenhum tipo de transparência e controle?
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