Empréstimo em dólar. Divida estratosférica. Educação cada vez pior.






Em 2013, o Governo Tucano celebrou empréstimo com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) no valor de até US$ 300.000.000,00 (Trezentos milhões de dólares) para investir na melhoria da educação de nosso Estado. A finalidade principal seria melhorar os índices do IDEB em 30% nos cinco anos seguintes (2014 a 2018). 

 

Como todos sabemos, no Pará, a cada ano, os índices do IDEB só pioram. O último resultado do IDEB, de antes da pandemia, divulgado em 2018 ( referente a 2017) mostrava o Pará dentre os últimos colocados no ranking do IDEB, notadamente em relação ao ensino médio. Os dados revelavam que o Pará tem o pior Ensino Médio em toda a região norte e o penúltimo do Brasil. Conforme esses números, a nota das escolas públicas e privadas paraenses foi de apenas 3,1, em uma escala que vai de zero a 10. O resultado ficou aquém da meta prevista de 4,1. 

 

Em 2021, o resultado pífio se repetiu: O ensino médio da rede estadual de ensino do Pará continua dentre os piores do país: A nota do estado (3,0) só supera o índice do Rio Grande do Norte (2,8). O melhor desempenho ficou com a rede estadual do Paraná, com nota de 4,6. Além disso, a nota da qualidade da educação paraense caiu em relação a 2019, quando foi de 3,4. Segundo os dados divulgados pelo Ministério da Educação (MEC), o Pará não atinge a meta do ensino médio desde 2009.

 

Portanto, desde 2013, a SEDUC torra o dinheiro do empréstimo não só construindo escolas que demoram a ficar prontas e que quase sempre custam muito mais do que o previsto inicialmente, como também contratando consultorias de todos os tipos, não se sabe com qual objetivo. Só com a VUNESP, durante a gestão Tucana, foram gastos R$ 70 milhões de reais para aplicação de provas que o governo federal aplica de forma gratuita (Prova Brasil). O que isso trouxe na melhoria do ensino médio? NADA!

 

O Governo Barbalho assumiu em 2019, manteve as consultorias instaladas na SEDUC e a reforma sem fim do prédio da SEDUC. Para isso continuou sacando dinheiro do empréstimo em dólares ( em 2020 foram 135 milhões de reais e em 2021 mais 65 milhões de reais). 

 

O empréstimo de 300 milhões de dólares  foi esgotado ( mas a dívida engorda a cada ano) e o Governo do Estado, recém reeleito, correu para fazer uma novo empréstimo para a SEDUC ( agora sob o comando de um "outsider" poderoso do PMDB nacional): Mais 100 milhões de dólares! Com certeza muitas consultorias e obras virão por aí.

 

Resta uma conclusão: Essa formula deve ser muito boa para alguns empresários, consultores e afins mas para os alunos da rede estadual de ensino médio com certeza não é!!!!

 

Quem se importa com isso? Ninguém, pois, como sabemos, em nosso Estado vigora um pacto social silencioso, celebrado entre as classes dominantes, que tem como objetivo perpetuar as relações de poder, privilégio e riqueza dos membros dessas classes.

 

 

 

 


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